O Lugar de Vida iniciou suas atividades em 1990, como um serviço do Departamento de Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento e da Personalidade do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (PSA-IPUSP). Dirigido naquela ocasião por Maria Cristina M. Kupfer, docente daquele departamento, por Lina G. Martins de Oliveira e por Marize Lucila Guglielmetti, oferecia inicialmente atendimento terapêutico e educacional para crianças com Transtornos Globais do Desenvolvimento (autismo e psicose), além de outros quadros psíquicos graves, e acolhia prioritariamente as demandas de famílias com poucos recursos financeiros.
Após cinco anos de trabalho, passou a chamar-se Pré-escola terapêutica Lugar de Vida, na qual se iniciou a prática da Educação Terapêutica. Permaneceu no Instituto de Psicologia da USP durante 18 anos. Nesse período, mostrou que era possível oferecer na universidade um serviço no qual se integram o atendimento à população, a formação de alunos, a pesquisa e a transmissão da experiência.
Em 2008, o Lugar de Vida deixou a universidade para atender melhor à demanda crescente de crianças e adolescentes com problemas psíquicos, não mais apenas aqueles com TGD, bem como a de estudantes e profissionais interessados em obter formação em Educação Terapêutica.
Hoje, após 20 anos de funcionamento e contando com 17 profissionais, o Lugar de Vida cresceu e ampliou suas atividades, configurando-se como uma clínica que abarca tanto a diversidade socioeconômica como os diferentes tipos de sofrimento psíquico.
Na USP, prosseguem as pesquisas (estudos e pesquisas multidisciplinares), as orientações da pós-graduação, a edição da Revista Estilos da Clínica e os encontros científicos com pesquisadores de diversas nacionalidades. A Associação Lugar de Vida mantém um Convênio de Cooperação Científica com o IPUSP e com o LEPSI – Laboratório de Estudos e Pesquisas Educacionais sobre a Infância, um laboratório interunidades (Instituto de Psicologia e Faculdade de Educação) da USP.